Te trago no meu trago
Metáforas
explodem-me, sou o pó, a essência fina da existência.
ouço canções vindas do céu, seria você gritando pelo meu nome?!
ou apenas um som do vento que se perpetua pelas imensas cavidades do meu ouvido?!...
Vejo-te nas minhas metáforas entorpecentes,
nos meus tragos, meus goles, na fumaça densa, no fundo do copo de vinho.
Sinto meus pulmões cheios de ti, minha garganta molhada do teu sabor,
logo minhas veias se encharcam de ti; quando expiro você,
vejo sair invisível no ar, gritando, dançando e dizendo o que fez comigo,
é uma viajem, é você de dentro para fora de mim,
é assim que te vejo, te sinto...
Corro pro mar, molho-me nas águas salgadas e amargas,
te vejo escorrer pelos fios finos do meu cabelo até minha boca rígida pelo medo,
e você vem, vai, vem e vai [...] numa dança que me leva ao ritmo do som,
Me abraça com tua imensa onda, e me puxa,
eu em desespero me agarro na terra que se desvanece entre meus dedos,
você quer me levar para dentro de ti,
(medo de entregar-me)
Retorno a terra (areia da praia), olho se acalmar e falar...
do nada tuas densas nuvens choram sua alegria, escuras, pesadas e frias,
tu me abraça com carinho, fúria e líquido, tu me vem como, drogas, cura, força e único...
eu viajo em minhas metáforas,
eu viajo em ti, eu me encontro aí,
te encontro em tudo,
em mundo,
sou louco, não me entenda,
me sinta cada vez que me abraçar líquido...

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